Crítica: A Culpa é das Estrelas


segunda-feira, 28 de julho de 2014



De romances adolescentes que estão estreando atualmente, poucos podem ser considerados significativos ou ao menos, valem a pena assistir. Tampouco gosto de filmes sobre doenças, sempre dramáticos. Neste cenário, foi com uma certa implicância e um pouco de curiosidade que assisti A Culpa é das Estrelas que, felizmente, se mostrou uma grata surpresa.



Baseado no livro de John Green, A Culpa das Estrelas já começa enunciando a cruel realidade: Hazel Grace Lancaster (Shailene Woodley) foi diagnosticada com um câncer aos 13 anos e, por estar sobrevivendo com o auxílio de um aparelho graças a uma droga experimental, a única certeza que tem aos 16 é que em breve irá morrer, triste pela dor que causará às pessoas ao seu redor. Depressiva, ela é forçada pelos pais a participar de um grupo de apoio, onde conhece o carismático Augustus Waters (Ansel Elgort), que fala sobre a importância de ser lembrado pelo mundo. Hazel e Gus iniciam uma amizade e, colocando a doença em segundo plano, passam por vários conflitos da adolescência, descobrem gostos em comum e, finalmente, se apaixonam, mesmo sabendo que um destino cruel os aguarda.



O filme não é sobre "câncer". Pelo contrário, a doença é tratada pelos personagens sem vitimação, com sarcasmo e aceitação, de uma forma semelhante ao que encontramos no aclamado Intocáveis. Mas ele está lá, atrapalhando a vida dos personagens e prejudicando aquele belíssimo infinito particular. A partir disso, questionamos a injustiça e a crueldade da situação, mas também aprendemos a valorizar cada momento, cada relacionamento e uma simples troca de olhar, como a que iniciou o romance de Hazel e Gus.



Com uma boa direção e roteiro da dupla Scott Neustadter e Michael Weber (500 Dias com Ela), o filme comete alguns deslizes, mas nada prejudica significativamente sua qualidade. Cada cena protagonizada por Shailene Woodley e Ansel Elgort conta com uma boa interpretação, uma trilha sonora bem escolhida e, mesmo nos momentos mais superficiais, como o primeiro beijo do casal ou as açucaradas frases românticas, não deixa de nos envolver, porque são jovens normais que estão sendo retratados ali. Eis o mérito do filme, que não se foca simplesmente na doença ou no romance, mas retrata dois seres humanos tentando levar uma vida normal e com os mesmos conflitos e dúvidas que todos passamos. São personagens carismáticos e fáceis de se identificar.



A Culpa é das Estrelas vai muito além de um romance adolescente ou um filme melodramático, repleto de clichês para nos fazer chorar. Superando as expectativas, A Culpa das Estrelas é um filme divertido, sensível e emocionante que retrata a vida em geral, nos oportuniza uma série de questionamentos. Com certeza, destaca-se dos demais filmes do gênero, sendo uma ótimo filme para se assistir. Ok?

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14 comentários

  1. Eu assisti hoje e gostei bastante! Senti falta de alguns momentos do llivro, mas achei que foi bem fiel. Q quase chorei! hahaha

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  2. Eu acho a Shailene Woodley, uma atriz totalmente sem carisma, vi um seriado com ela e alguns filmes bobos, ela teve uma boa chance ao lado do Cloney e se mostrou a mesma de sempre. As vezes não entendo tanto burburinho sobre as suas atuações.

    Bjos

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  3. Oi!
    Eu já assisti esse filme e já li o livro também. E admito que é lindo! Eu não consegui chorar, mas tive que sair nadando do cinema '-' Assim como minhas demais amigas que leram o livro, disse que eu ia me derreter em lágrimas e tals. Beeeeem.... não é bem assim .-. Realmente incrível. Aposto que quem ler ou assisti, vai se surpreender também.
    Ótimo post!!
    Kissus~

    curiosidadesorientaisjapao.blogspot.com.br

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  4. Eu ainda não vi o filme, mas por conta do sucesso ... não sei não hein! Adoro Shaylene -, mas o filme não é um tanto apelativo?!

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  5. Oi Vic!
    Acho que fui uma das poucas pessoas que não gostou muito desse filme e preciso assistir novamente para identificar a razão de não ter gostado tanto; achei o diálogo entre eles muito forçado sabe?, as frases são até bonitinhas mas teve uma hora que eu pensei: "nossa, dá pra ter menos frases fofinhas?". Adorei a atuação da Shailene, o roteiro é interessante (principalmente o foco nos personagens e não na doença) e os personagens são realmente carismáticos.
    Abração, Ju.
    http://meufilmeviroulivro.blogspot.com.br/

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  6. Oi Vickawaii! xD

    Sim, o melhor coisa do AF é chamar banda internacional. Sendo que o evento atrae as pessoas por conta das barraquinhas de anime/manga e também por cosplays muitos legais!
    Quem sabe vc vier em sampa para conhecer esse evento? ^ ^ Quando morava no interior de SP era aquele sofrimento de acordar na madrugada para se preparar no eventokk

    Kiss!

    Tsuki no Shita

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  7. Sou apaixonada pelo livro/filme e amei a resenha! Também comentei sobre o filme lá no blog (ou comentarei, porque o post está programado rsrsrs).

    Beijão!
    Boneca de Pano Rosa

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  8. Só tenho ouvido falar coisa boa desse filme, mas sei lá, por conta de todo o burburinho envolta dele, resolvi não ver agora. Também gostaria de ler o livro antes. Você chegou a ler?
    :8

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  9. Oii
    Olha já muitas resenhas sobre ACEDE, mas a sua é diferente de todas as que já li.
    Está livre dos clichês, como por exemplo, ACEDE é mel com açúcar e tudo o mais.
    Gostei muito do seu ponto de vista.

    Beijos

    O Outro Lado da Raposa

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  10. Eu tenho aversão a modinhas, justamente pq todo mundo tem falado que amou tanto eu preferi nao assistir. Quem sabe no futuro quando esse burburinho acabar. ;)

    bjs de Filipinas,
    Gabi Barbará
    Barbaridades!

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  11. Já falei que adoro suas resenhas?

    E mais uma vez concordo contigo Vick, não posso falar pelo filme porque só li o livro (que achei até mediano, com exceção da metade para o final), mas pelos trechos que conferi do longa percebi que a produção suou a camisa para transmitir aquele desespero a la john green para emocionar a galera à força HAHAHAH, eu particularmente não achei tudo isso, já li obras melhores e ainda tenho que guardar a língua na boca porque ainda não assisti ao filme, mas bem, cinema é feito pra isso mesmo, emocionar, enlouquecer as pessoas, arrancar suspiros e claro, boas lágrimas. Por ser uma obra ficcional confesso não ter ficado tão eufórica, mas certamente é uma linda história *-*

    Beijão ;***

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  12. Adorei a sua critica, eu vi esse filme no cinema e quando começou a parte do final não parava de chorar e vi que metade das pessoas do cinema estavam chorando também kkkkk é um filme muito bom, tudo maravilhoso ♥ e o livro então nem se fala :3

    E queria te avisar que um post seu apareceu la no meu blog, se quiser dá uma olhada: http://goo.gl/ngfNGB
    Beijos
    www.conversandocomalua.com

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  13. Também não curto tanto esse tipo de filme muito dramático, mas confesso q foi a melhor resenha que li até hoje. Fiquei até curiosa agora para saber como é o filme ;D
    http://bsaccani.blogspot.com.br/

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  14. Olha só quantos dvds!!
    Fui assistir ACEDE um dia depois de ter estreado, pra que né? Tive que aturar aquelas fãs alucinadas gritando a cada cena!
    Mas valeu a pena, o filme é ótimo, igual ao livro.

    Beijos, até mais

    O Outro Lado da Raposa
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